Por ano, o Brasil registra uma média de 77,8 milhões de raios em seu território, segundo o levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É por isso que, no topo dos prédios, os para-raios devem ter atenção redobrada.
De acordo com a norma NBR 5419 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), imóveis residenciais multifamiliares com mais de 20 metros de altura ou área construída maior do que 750m² precisam de para-raios.
“Quando um raio atinge o equipamento, a descarga elétrica é dissipada para o solo e perde a força. Sem a proteção, ou com um sistema danificado, a estrutura do condomínio e os equipamentos elétricos e eletrônicos ligados podem sofrer avarias”, explica o presidente do Sindicato Patronal de Condomínios e Administradoras (Sipces) e diretor da M&M Gestão Condominial, Cyro Bach Monteiro. Além disso, há o risco de algum funcionário ou morador ser atingido pela descarga elétrica.
Para manter a proteção e evitar multas é preciso fazer a manutenção de acordo com as normas da ABNT.
A cada seis meses ou quando houver suspeita de que um raio atingiu o sistema deve ser uma inspeção visual. Alguns condomínios fazem a cada dois meses. A inspeção completa deve ser feita uma vez por ano. Anualmente o condomínio deve contratar uma empresa para fazer a inspeção completa e emitir um documento chamado Anotações de responsabilidade Técnica (ART) dizendo que o equipamento está dentro das normas ou se será necessário fazer alterações.
O presidente do SIPCES explica que junto com o seguro obrigatório, contra incêndios, em geral, há uma cláusula sobre sinistros envolvendo raios. “A seguradora só cobre se as manutenções do equipamento estiverem em dia. Caso contrário, o condomínio terá que arcar com o prejuízo”.
Reportagem jornal A Gazeta