Greve dos motoristas de caminhões coletores completou seu nono dia nesta terça-feira. Acúmulo de lixo ainda é visto em diversos pontos das cidades
A greve dos motoristas de caminhões coletores de lixo no Espírito Santo chegou ao nono dia, nesta terça-feira (1). Com a redução do serviço, o acúmulo de lixo é inevitável em ruas, calçadas, na frente de casas e condomínios residenciais e em diversos outros pontos das cidades.
Em alguns condomínios da Grande Vitória, a solução encontrada pelas empresas administradoras para minimizar o excesso de lixo foi contratar, de maneira emergencial, empresas particulares para fazerem a coleta do material. Na região metropolitana, as empresas que fazem o serviço cobram entre 20 e 30 centavos por quilo de lixo. O custo deve entrar como taxa extra nas contas de condomínio pagas pelos moradores.
A administradora condominial Juliana Monteiro, diretora da M&M Gestão Condominial, faz a gestão do lixo. Para equilibrar o gasto com a coleta particular, que não estava nos planos, ela decidiu contratar o serviço apenas uma vez por semana.
“Nos condomínios maiores, a gente já não tem mais local para poder guardar o lixo e a gente tem optado por uma coleta semanal. A gente está realmente fazendo a gestão do lixo. É um custo que não estava previsto na nossa previsão orçamentária. Então a gente busca espaçar mais o tempo, justamente para não ter esse custo”, destacou.
A paralisação dos motoristas de caminhões coletores de lixo acontece desde o último dia 23, em 13 municípios do estado. Ela havia começado no dia 12, mas foi suspensa temporariamente por conta do primeiro turno das eleições municipais.
Na segunda-feira (30), a Justiça do Trabalho decidiu multar o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES), que representa a categoria, em R$ 5 mil por dia por descumprir a determinação de manter 70% dos serviços em funcionamento. A multa vale do dia 12 de novembro em diante. O sindicato, no entanto, alega que está obedecendo a decisão judicial.
Os trabalhadores querem um reajuste salarial de 4,7%. No entanto, segundo o Sindirodoviários, as empresas oferecem 2,4% de reajuste, o que não tem agradado os trabalhadores. Atualmente, dependendo do tipo de veículo, os motoristas coletores recebem um salário que varia entre R$ 2,1 mil e R$ 2,7 mil.
Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV
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