Quarenta e sete mil pessoas na Grande Vitória vão ser beneficiadas ainda este ano, segundo a Petrobras, com a ampliação da rede de gás natural da estatal, que fornece uma alternativa mais barata ao tradicional gás de botija, o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
Com a transformação do sistema dos condomínios para gás encanado, síndicos afirmam que a economia pode chegar a 50%.
O sistema que começa a ser disseminado no Espírito Santo já é utilizado desde a década de 1970 em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, nos segmentos residencial, comercial e industrial.
Para o presidente do Sindicato Patronal de Condomínios do Espírito Santo, Cyro Bach Monteiro, o serviço é vantajoso, apesar das diferenças para o gás de botija, que também é conhecido como GLP.
“A nossa visão sobre o gás natural é a melhor possível. Além de ter um custo inferior ao GLP, ele tem a mesma segurança. A diferença aparece na capacidade de gerar calor, que no gás natural é um pouco menor em comparação ao GLP e, por isso, requer adaptação dos fogões”.
A adaptação citada por Cyro é feita com troca e adição de peças ao fogão, realizada gratuitamente pela Petrobras em visitas técnicas à residência que receberá o serviço. Apesar de exigir a adaptação para funcionar adequadamente, o sistema é tão seguro quanto o de botijas, segundo informou a assessoria da Petrobras.
Na opinião da síndica profissional Juliana Monteiro, o serviço tem tido grande procura porque é eficiente e mais barato que o de gás tradicional de botijas.
“O que eu percebo é que cada dia mais os condomínios estão aderindo porque o gás natural tem um custo mais baixo, e o atendimento é eficiente. O processo de instalação é minucioso, há vários testes e vistorias antes de eles iniciarem a implementação do sistema”.
No entanto, segundo informações da GLPGás, o rendimento do gás natural em calor é em torno de 15% menor que o do gás de botija. Assim, os alimentos podem ter de ficar um pouco mais de tempo no fogo.